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reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte.
Autor: Jones Dalmagro Pinto
RESUMO: O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de práticas
de processamento do lixo orgânico-doméstico através do processo de compostagem
No primeiro momento, fez-se referência aos resíduos sólidos urbanos, para
melhor compreensão dos processos a serem
empregados. A seguir, se encontram informações referentes a parte legal e
referencial teórico sobre resíduos orgânicos e desenvolvimento um sistema de
compostagem.
INTRODUÇÃO
O presente material, tem por objetivo principal o
desenvolvimento de técnicas adquiridas através de pesquisas tanto em materiais
como na prática. No decorrer dos anos pude tomar consciência da importância do
consumo racional e principalmente o que faremos com nossos “lixos”, é por isso
que decidi desenvolver de forma mais prática e objetiva o tratamento dos
resíduos domésticos enfocando os resíduos orgânicos.
Assim tentarei abordar de forma sucinta alguns pontos
fundamentais para o entendimento do tema proposto e procurarei efetivar de
forma simples e direta, deixando de lado formulas mirabolante e projetos
insustentáveis.
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU'S)
Segundo
Fadini1:
“Os resíduos gerados por aglomerações urbanas, processos
produtivos e mesmo em estações de tratamento de esgoto são um grande problema, tanto
pela quantidade quanto pela toxicidade de tais rejeitos. A solução para tal
questão não depende apenas de atitudes governamentais ou decisões de empresas;
deve ser fruto também do empenho de cada cidadão, que tem o poder de recusar
produtos potencialmente impactantes, participar de organizações
não-governamentais ou simplesmente segregar resíduos dentro de casa,
facilitando assim processos de reciclagem. O conhecimento da questão do lixo é
a única maneira de se iniciar um ciclo de decisões e atitudes que possam
resultar em uma efetiva melhoria de nossa qualidade ambiental e de vida”
1FADINI,
Pedro e Almerinda. Lixo: desafios e compromissos. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
Vulgarmente denominados por lixo urbano, são resultantes da
atividade doméstica e comercial das povoações. A sua composição varia de
população para população, dependendo da situação sócio-econômica e das
condições e hábitos de vida de cada um. Esses resíduos podem ser classificados
das seguintes maneiras:
·
Matéria
orgânica: Restos de comida, da sua preparação e limpeza…
·
Papel
e papelão: Jornais, revistas, caixas e embalagens…
·
Plásticos:
Garrafas, garrafões, frascos, embalagens, boiões, etc.
·
Vidro:
Garrafas, frascos, copos, etc.
·
Metais:
Latas
·
Outros:
Roupas, óleos de cozinha e óleos de motor, resíduos informáticos…
Existem também alguns tipos de resíduos diferentes dos
comumente encontrados e que são denominados tóxicos. Estes necessitam de um
destino especial para que não contaminem o ambiente e os seres que nele
habitam, como aerosóis vazios, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, restos
de medicamentos,
lixo hospitalar, nuclear, etc”2
2WIKIPÉDIA, A
Enciclopédia Livre. Resíduos Sólidos Urbanos. Disponível em:
Acesso em: 07 dez. 2010.
“O conceito de
"lixo" pode ser considerado como uma invenção humana, pois em processos
naturais não há lixo. As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são
inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos
animais, ou o oxigénio produzido pelas plantas verdes como subproduto da
fotossíntese, assim como os restos de organismos mortos são, em condições
naturais, reciclados pelos decompositores. Por outro lado, os produtos
resultantes de processos geológicos como a erosão, podem também, a um escala de
tempo geológico, transformar-se em rochas sedimentares. Embora o termo lixo se
aplique aos resíduos sólidos em geral, muito do que se considera lixo pode ser
reutilizado ou reciclado, desde que os materiais sejam adequadamente tratados.
Além de gerar emprego e renda, a reciclagem proporciona uma redução da demanda
de matérias-primas e energia, contribuindo também para o aumento da vida útil
dos aterros sanitários”3
3 WIKIPÉDIA, A Enciclopédia Livre. Resíduos
sólidos.Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
LEI RESIDUOS SOLIDOS
Segundo a nova lei LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010-4,
sancionada pelo Presidente da República, após tramitada por vinte anos no
Congresso Nacional e finalmente aprovada, estabelece entre outras coisas como
princípio que a sociedade é responsável pelo lixo que produz.
4Lei N° 12.305. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
O texto aprovado enfatiza a redução, o reuso e o
reaproveitamento dos resíduos, e enfoca a participação das cooperativas de
catadores no processo de gestão de resíduos. Há, inclusive, a previsão de inanciamento
para municípios que façam coleta seletiva com catadores, medida indutora do
desenvolvimento das cooperativas.
Outro fato a ser ressaltado é a normatização da logística
reversa. Isto é, agora as empresas são responsáveis pelo recolhimento de
produtos descartados pelo consumidor. Essa prática já é comum na Europa, mas
aqui o lobby de algumas empresas tentou evitar que se tornasse lei. Com a nova
lei, as empresas de agrotóxicos, por exemplo, devem adotar procedimentos para
receber de volta as sobras e as embalagens vazias de agrotóxicos, às suas
custas.
LIXO ORGÂNICO
Durante muitos séculos, o lixo produzido pelo homem foi
basicamente orgânico. Faz pouco tempo que a produção de lixo se ampliou e
outros tipos de resíduos começaram a abarrotar as lixeiras. O plástico, por
exemplo, só começou a ser produzido em escala industrial em meados do século
XX. As estatísticas mostram que há uma relação entre o desenvolvimento
econômico de um país e a porcentagem de lixo orgânico gerado por sua população.
Em países pobres, o lixo orgânico predomina nas lixeiras. Já em países ricos, a
porcentagem do material orgânico na composição do lixo cai acentuadamente. Isso
não significa que pessoas de alta renda geram menos lixo orgânico, mas que o
resíduo orgânico passa a se juntar com plástico, papel, metal, etc. Em outras
palavras, quanto maior a renda da população, maior a produção de lixo. Para
piorar, esse lixo se torna mais complexo e prejudicial ao ambiente.
Para entender o que é lixo orgânico, vamos começar dando
alguns exemplos. São orgânicos muitos resíduos de cozinha: folhas de verduras,
cascas de frutas e legumes, borra de café, cascas de ovos, restos de comida,
migalhas de pão, etc. Também são considerados orgânicos guardanapos de papel
usados, papel higiênico usado, dejetos que o cachorro deixa no jardim, pêlos e
penas, folhas caídas de árvores do quintal e aparas de grama. De forma geral,
consideramos orgânicos os resíduos de origem vegetal ou animal que não são
recicláveis, que são decompostos com facilidade pelos microrganismos do solo e
que podem ser tratados por processos de decomposição como a compostagem.
Para os químicos, papel e plástico também são materiais
orgânicos, mas não devem ir para o lixo orgânico porque são recicláveis, ou
seja, podem ser transformados em novas embalagens de papel e plástico. Já, o
lixo orgânico não pode ser convertido em seus materiais originais. Mesmo assim,
o lixo orgânico tem valor econômico. Pela compostagem, ele pode ser
transformado em adubo orgânico. Em aterros sanitários, a decomposição do lixo
orgânico gera gás metano que pode ser canalizado e usado como fonte de energia.
PROPRIEDADES DO SOLO
Nutrir uma planta, do ponto de vista agronômico, não
significa simplesmente estimar suas exigências minerais e fornecer insumos
concentrados. Embora os fertilizantes minerais (químicos) sejam mais
difundidos, mais fáceis de adquirir, transportar, armazenar e distribuir
mecanicamente no solo, não significa que sejam perfeitos. Seu principal
atributo, a solubilidade, por três razões, nem sempre é vantajoso:
a) Doses
excessivas de sais solúveis podem intoxicar as plantas, além de salinizar e
acidificar os solos;
b) Os vegetais
não absorvem os nutrientes apenas por estes ocorrerem em abundância. Existem
peculiaridades na absorção de cada elemento, tais como: pH, presença de
antagônicos, espécie iônica, teor nas células, temperatura, aeração, nível de
CO2, etc. Isto significa que o nutriente deve estar no lugar certo, em
quantidade adequada e no momento mais propício para ser aproveitado.
c) Em solos
tropicais, as chuvas abundantes promovem a lixiviação de alguns nutrientes;
enquanto que a acidez, associada à elevada capacidade de absorção, provoca a
imobilização de outros; neste ambiente, os sais solúveis ficam mais suscetíveis
às perdas. Preconiza-se, então, promover, no solo, melhores condições físicas,
químicas e biológicas para o aproveitamento dos nutrientes presentes e dos
adicionados.
Os solos que correspondem a tais
considerações foram formados sob ação da intempérie, comum nas regiões mais
quentes e chuvosas. A água abundante lixiviou boa parte dos nutrientes e
acidificou o meio. O calor e o tempo, associados à umidade, degradaram as
argilas mais complexas e proporcionaram condições para a rápida decomposição da
matéria orgânica.
Os solos gerados nessas condições são
mais pobres, profundos, ácidos, com baixo teor de matéria orgânica. São também
conhecidos como latossolos. Além disso, a presença do homem agravou as
transformações a medida que consumiu a fertilidade original sem uma reposição
proporcional e degradou a estrutura ao introduzir um manejo mecanizado sem
adequações. No entanto, esta situação não impediu o desenvolvimento da
agricultura, mas, certamente, a tornou altamente dependente de práticas de
conservação, que visam reconstruir a estrutura perdida. Caso contrário, os
plantios sucessivos provocariam a completa exaustão e a baixa produtividade.
A fertilidade do solo, por sua vez, é
resultado de uma combinação de fatores físicos, químicos e biológicos capazes
de, em conjunto, propiciar melhores condições para obtenção de altos rendimentos.
A matéria orgânica, ou húmus, interfere em todos esses fatores. Práticas que
visam conservar ou aumentar o teor de matéria orgânica do solo (por exemplo:
combater a erosão, manter a cobertura vegetal, rotação de culturas, descanso,
etc.) são as mais eficazes para proporcionar rendimentos elevados às culturas.
São as propriedades coloidais do
húmus, principalmente aquelas relacionadas à agregação das partículas, que
conferem estabilidade estrutural ao solo. Em conseqüência dos agregados,
formam-se macro e microporos, responsáveis pela aeração e pela capacidade de
retenção de água, respectivamente.
As propriedades químicas do húmus são
representadas principalmente pelo fornecimento de nutrientes essenciais; pela
interação com as argilas formando o complexo argilo-húmico, responsável pela
majoração da capacidade de troca catiônica (predominância de cargas negativas
em relação às positivas); pelo poder complexante sobre metais; pela ação sobre a
disponibilidade do fósforo; pela ação estabilizante sobre variações ambientais
no solo (modificações no pH, temperatura, teor de umidade, teor de gás
carbônico, teor de oxigênio, etc.).
Não há como dissociar uma agricultura próspera, duradoura e
sustentável de um solo rico em húmus.
As principais vias para atingir esta situação não são
excludentes, ou seja, devem ser empregadas, preferencialmente, de maneira
conjunta. São elas: as práticas conservacionistas (já mencionadas) e adubação
orgânica.
Fertilizantes orgânicos, ricos em húmus, modificam as
propriedades físicas do solo à medida que são aplicados, promovendo a formação
de agregados. Como conseqüência, aumentam a porosidade, a aeração, a capacidade
de retenção de água, etc. Paralelamente, aumenta-se a capacidade de troca catiônica
(CTC) do meio, ou seja, os nutrientes catiônicos, Ca, Mg e K, anteriormente
transportados juntamente com a água das chuvas, passam a permanecer disponíveis
para as raízes, em quantidades maiores e por mais tempo. Alguns ácidos
orgânicos, liberados pelo fertilizante diminuem a adsorção (imobilização) do P.
Nessas condições, diminuem também as variações de pH, tornando mais raras as necessidades
de calagem (aplicação de calcário no solo para elevar o pH). Além disso, os
fertilizantes solúveis, aplicados nestas condições, serão mais bem aproveitados
pelas plantas, e sua ação sobre a acidez e a salinização do solo diminuirá
substancialmente. Se fôssemos sintetizar as funções dos fertilizantes
orgânicos, empregaríamos apenas uma expressão, muito usada no meio agrícola:
“engordam o solo”.
COMPOSTAGEM
A compostagem nada mais é do que uma decomposição por
microrganismos acelerada artificialmente e que transforma os resíduos orgânicos
em composto (Húmus), uma substância estabilizada com propriedades que permitem
usá-la como adubo. Para acelerar o processo de decomposição da matéria
orgânica, o homem pode lançar mão de recursos como controlar a temperatura, a
umidade, a acidez e a aeração dos resíduos. O resto fica por conta dos
microrganismos decompositores.
Um processo que pode levar meses em condições desfavoráveis
se realiza em alguns dias em ambiente controlado. Estima-se que os brasileiros
produzam mais de 240 mil toneladas de lixo por dia. Desse número, 60% são
formados por resíduos orgânicos que podem se transformar em excelentes fontes
de nutrientes para as plantas.
Em outras palavras a compostagem é uma forma de
"fabricar" húmus para utilizar como composto, ou seja, fertilizante
orgânico na agricultura. Húmus ou humo é a matéria orgânica depositada no solo,
resultante da decomposição de animais e plantas mortas, ou de seus subprodutos.
O processo de formação do húmus é chamado humificação e pode
ser natural, quando produzido espontâneamente por bactérias e fungos do solo
(os organismos decompositores), ou artificial, quando o homem induz a produção
de húmus, adicionando produtos químicos e água a um solo pouco produtivo.
Vários agentes externos como a humidade e a temperatura contribuem para a
humificação.
VERMICOMPOSTAGEM
A vermicompostagem é o uso da minhoca na produção de húmus, decompondo
resíduos e dejetos de animais e também o lixo urbano (orgânico), colaborando
com a melhoria dos solos, sequestrando carbono e eliminando cheiros desagradáveis.
A vermicompostagem é um processo bastante difundido, em especial entre
moradores de áreas rurais, visto a minhoca ser uma verdadeira máquina de
limpeza dos resíduos. Quando colocada a quantidade correta de minhocas (ao
redor de 5.000 unidades por metro quadrado) em 30 a 35 dias (na compostagem
normal leva de 100 a 300 dias), pode transformar 2,5 toneladas de resíduos
orgânicos em humus, em um canteiro de 10x0,80x0,40m. A minhoca come os
resíduos, e seu excremento possui ao redor de 2 milhões de bactérias por grama,
enriquecendo o solo deixando disponível as plantas praticamente todo o complexo
mineral (cinco vezes e meia mais nitrogénio, duas vezes mais cálcio, duas vezes
e meia mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio que o
solo ou o resíduo que se alimentou).Dentre as minhocas mais cultivadas para o
processo de vermicompostagem se destacam a minhoca-vermelha-da-califórnia
(Eisenia foetida) e a Gigante africana (Eudrilus eugeniae).
DESENVOLVIMENTO
Há alguns anos tive a oportunidade de participar de uma
palestra com o Eng. Agr. Darci Bergmann (ambientalista local) palestra essa
promovida pela entidade ambientalista, ASPAN – Associação Samborjense de
Preservação ao Ambiente Natural, na qual atualmente sou Presidente, na ocasião
foram abordados sobre a destinação adequada dos resíduos orgânicos domésticos,
na época foram nos mostrado pelo Sr. Darci o método que ele utilizava para
transformar os resíduos em adubo, tudo de forma simples e didática, ele nos
mostrou uma composteira de tijolos rente a um muro, dividida em duas caixas.
Cada caixa tinha as seguintes dimensões internas: 1,85m comprimento, 0,85m de
largura e 1,20m de altura. O fundo foi revestido de argamassa. Na parede
frontal foram deixados pequenos furos, com pedaços de tubos de polietileno de
meia polegada, principalmente rente ao chão.
Assim roedores não entram, mas minhocas têm acesso ao
material, e em cima foi coberta por tela sombrite para evitar moscas e
mosquitos, não que se tenha mau cheiro, mas como preventivo do mosquito palha
(flebotomídeo).
Foto 1: Composteiras do Sr. Darci
Bergmann-5 Fonte:http://darcibergmann.blogspot.com/2010/03/praticas-de-compostagem.html
A composição da massa para compostagem se dá da seguinte
forma a primeira camada, no fundo da caixa, é sempre de matéria orgânica seca,
tipo varredura de folhas, aparas de grama, casca de arroz ou similar para
absorver o chorume, caso seja feita em recipiente fechado, sem contato com o
solo é indispensável que se coloque um pouco no fundo mesmo uma pequena porção
de terra de jardim ou composto velho (humos pronto) para inocular os fungos e bactérias
que ajudarão na decomposição. Depois, no dia a dia, é despejado o lixo doméstico,
inclusive papel higiênico e sempre se cobre com um pouco de folhas de árvores
ou apara de grama. Mesmo gravetos e galhos de árvores picados são ali colocados.
Eles demoram um pouco mais para se decomporem. A maior parte do material fica
pronta num tempo de 3 a 5 meses no caso da vermicompostagem pode chegar até 30
dias. A retirada do material é simples, bastando remover a camada superior de
palha. O composto é peneirado ali mesmo e o material não decomposto é devolvido
ao processo, como inoculante de microorganismos.
Após acompanhar todo esse processo e receber algumas
orientações comecei a fazer a compostagem em minha casa como não tinha local
para fazer as caixas de compostagem resolvi o problema simplesmente agregando o
material em minha horta. O processo incide da seguinte forma, se abre um buraco
no canteiro e reserva a terra removida ao lado após é ir só agregando o
material e a cada inserção procuro colocar um pouco da terra removida por cima,
o material se decompõe rapidamente questão de um a dois meses conforme o
tamanho do material. Procuro regar o material depois de cheia à cova com uma
solução de uréia para acelerar o processo, pois o material em decomposição
absorve nitrogênio e quanto mais nitrogênio mais rápido se decompõe. Depois que
comecei a utilizar esse método nunca mais precisei gastar com adubo para minha
horta.
Foto 2: Processo na Horta-6 Autor:
Jones Dalmagro Pinto
Compostagem
em Caixa d’ água: após algumas pesquisas resolvi cultivar algumas
minhocas-vermelhas-da-california primeiro passo foi conseguir as mesmas foi um
pouco difícil, mas consegui com uma amiga em torno de 10 minhocas no começo
pensei que não iriam dar conta, mas reservei as mesmas em um balde pequeno, com
restos de folhas, cascas e um pouco de terra no fundo, em torno de um mês já
tinha em torno de umas 100, resolvi testar em uma caixa d’ água essas de
polipropileno, primeiramente coloquei uma base com serragem no fundo para absorver
o excesso de líquido que possa se formar (chorume), após coloquei duas pás de
terra de jardim para inocular microorganismos e fui colocando restos de aparas
de jardim e cozinha, umedeci com água o material e introduzi as minhocas como a
caixa vem com tampa só coloquei a mesma para evitar excesso de umidade e
insetos indesejáveis em torno de dois meses já estava formada uma parte do adubo
e as minhocas tomaram conta da caixa toda hoje continuo fazendo o processo, só
procuro retirar sempre a metade do composto e deixo a outra metade como base
para o novo composto, foto 4 – Caixa d’ água Composteira, como possuo horta
caseira utilizo toda minha produção de humos nela e em vasos de flores que
possuo.
Foto3: Caixa d’ água Composteira-7
Autor: Jones Dalmagro Pinto
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito se tem falado hoje em dia sobre os resíduos gerados em
nossos lares a problemática do saneamento dos resíduos sólidos urbanos, há
algum tempo venho testando e processando compostos de resíduos domésticos creio
piamente que o melhor método para se resolver esta questão é a compostagem pude
verificar que o melhor meio de se reduzir o resido solido doméstico começa com
a separação prévia dos resíduos orgânicos dos demais, estimasse que a proporção
de resíduos orgânicos é de 50% do lixo domestico produzido na maioria dos lares
claro que isso é uma estimativa por exemplo no meu caso chega a 70% dos
resíduos de minha casa, bem pensando dessa forma podemos chegar a conclusão se
cada unidade domiciliar efetivamente processasse seus resíduos orgânicos já
teríamos 50% do lixo urbano resolvido.
A compostagem por ser um processo simples e barato deveria
ser incentivado a sua aplicação em todos os locais desde apartamentos a prédios
públicos, já pensou que aquele resíduo que só dá despesa para nós com remoção pode
gerar economia.
O que pude perceber que o maior desafio que encontrei foi
mudar a mentalidade de meus familiares em conscientizar que os resíduos gerados
podem e devem ser reutilizados, claro que após verem os benefícios práticos
ficou mais fácil. Hoje vejo a problemática dos resíduos sólidos urbanos de
outra forma mais como um problema de conscientização do que outras coisas, a
informação é algo fundamental para disseminar essa idéia. Vejo também que se
tem feito muitas campanhas com relação a separação de resíduos mas de fato
muito pouco tem avançado, as soluções para tais fatores parecem ser
inacessíveis, mas percebo cada vez mais que o ponto fundamental é a busca de
novos métodos alternativos e descentralização dos métodos empregados.
REFERÊNCIAS
·
BERGMANN,
Darci. Práticas de Compostagem. Disponível em: <
http://darcibergmann.blogspot.com/2010/03/praticas-de-compostagem.html> Acesso
em: 06 dez. 2010.
·
FADINI,
Pedro e Almerinda. Lixo: desafios e compromissos. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
·
Lei
N° 12.305. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
·
Lei
Para Resíduos Sólidos. Disponível em:
Acesso em: 07 dez. 2010.
·
Lixo
Orgânico. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
·
Lixo
Pode Virar Fertilizante Orgânico. Disponível em:
Acesso em: 06 dez.2010.
·
MARTINEZ,
Ângelo A. Minhocultura. Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
·
Resíduos
sólidos.Disponível em:
Acesso em: 06 dez. 2010.
·
WIKIPÉDIA,
A Enciclopédia Livre. Resíduos Sólidos Urbanos. Disponível em:
Acesso em: 07 dez. 2010.
·
WIKIPÉDIA,
A Enciclopédia Livre. Compostagem. Disponível em:
Acesso em: 07 dez. 2010.
OBS: Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução
parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
natureza, agradece, os cuidados, que devemos,ter,naõ é favor e dever!
ResponderExcluirMuito bom. Vou fazer em uma caixa d'Água
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