A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) disse que a mandioca pode se transformar no principal cultivo do século XXI se for realizado um modelo de agricultura sustentável que satisfaça o aumento da demanda.
O modelo de agricultura promovido pela FAO pode aumentar de maneira sustentável os rendimentos gerados pelo cultivo da mandioca em 400%, afirmou nesta terça-feira (28) a organização, com sede em Roma, por meio de um comunicado. O programa foi batizado “economizar para crescer”.
Para a FAO, este objetivo pode ser alcançado por meio da melhoria da qualidade e saúde da terra, ao invés do uso intensivo de produtos químicos. Em lugar das monoculturas associadas normalmente aos sistemas agrícolas intensivos, o programa estimula o cultivo misto, rotação de produção e o não uso de pesticidas químicos.
Segundo a organização, estas práticas deram resultados “espetaculares” em testes realizados no Vietnã, onde os camponeses aumentaram os rendimentos da mandioca em 400%. Na Colômbia, a rotação do cultivo de mandioca com feijão e sorgo (tipo de cereal) impulsionou os rendimentos, o que não se tinha conseguido só com o uso de adubos minerais.
A FAO explicou que a produção mundial do tubérculo aumentou em 60% desde 2000 e se acelerará ainda mais na década atual. Uma das razões que fomentam a demanda de mandioca é o elevado preço dos cereais, o que transforma o tubérculo em uma alternativa “atrativa” ao trigo e ao milho. Da mandioca se obtém uma farinha de alta qualidade, que pode ser usada como substituta ao trigo.
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