O professor holandês Mark Post elaborou o hamburguer a partir de 20 mil minúsculas fatias de carne feitas no laboratório a partir de células-tronco de uma vaca. O hambúrguer degustado nesta segunta-feira foi produzido três meses após cinco anos de penquisas.
Para a degustação de hoje, o cientista convidou um grupo seleto de jornalistas e críticos de gastronomia. Entre os nomes das primeiras pessoas a testarem o hambúrguer de carne sintética estão o jornalista especializado em gastronomia Josh Schonwald e a pesquisadora de tendências culinárias Hanni Rützler. Um chef ficou encarregado de fritar o hambúrguer. Ao término da degustação, os dois disseram que o gosto lembrava o de um hambúrguer "convencional", mas a textura era um pouco mais firme.
Em um teste semelhante em 2011, o professor havia reconhecido que a carne de laboratório não era gostosa. Mas, para o teste de hoje, ele afirma que foram adicionados ovos, temperos e corantes à base de beterraba e açafrão para tornarem o hamburguer mais apetitoso.
Segundo os cientistas, a carne de laboratório pode ser uma solução para suprir a crescente demanda por proteína animal e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente. Estimativas das Nações Unidas projetam que, em 2060, a Terra terá uma população de 9,5 bilhões de pessoas. Na China e na Índia, o mercado consumidor de carne deve dobrar nas próximas décadas.
A experiência custou 250 mil euros, cerca de R$ 750 mil. Os responsáveis pelo hamburguer de laboratório esperam que o produto seja comercializado em 10 ou 20 anos. A degustação pode ser acompanhada pelo site (culturedbeef.net).
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